sábado, 29 de junho de 2013

Quatro são detidos por suspeita de matar menino em assalto em SP

A polícia deteve nesta sexta-feira (28) quatro suspeitos de participação na morte do garoto  boliviano Brayan Yanarico Capcha durante assalto na madrugada desta sexta-feira (28) em São Mateus, na Zona Leste. Três deles são menores.
No começo da noite, um grupo de bolivianos protestava em frente ao 49º Distrito Policial, no mesmo bairro. Um homem levado pela polícia para a delegacia foi agredido pelos manifestantes, mas os policiais não confirmaram se ele era um dos quatro suspeitos do crime. (Veja a reportagem do Jornal da Globo sobre o tema.)
Os suspeitos foram presos em uma comunidade da Zona Leste de São Paulo. De acordo com a polícia, todos têm antecedentes criminais. Os policiais chegaram até eles depois de ouvir os vizinhos.
"São moradores e frequentam o bairro, são autores de quatro roubos contra as mesmas vítimas. Possivelmente tenha vazado a informação de que naquele dia essas vitimas tivessem dinheiro em espécie", disse o delegado Antonio Mestre Junior.A mãe do menino de 5 anos afirmou que o filho pediu aos criminosos para "não morrer". Durante a ação, os assaltantes ameaçavam o menino com uma faca no pescoço e atiraram, segundo os pais, porque a criança chorava e a família não tinha mais dinheiro.
“Não me mate, não mate minha mãe”, foram as últimas palavras da criança antes de ser baleada, relatou nesta manhã ao G1 a mãe, a costureira boliviana Veronica Capcha Mamani, de 24 anos.

Brayan Yanarico Capcha era filho único dela e do marido, Edberto Yanarico Quiuchaca, 28. A criança chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Geral de São Mateus, mas chegou morta ao local.
A Polícia Civil investiga o caso e procura a quadrilha, que fugiu com R$ 4,5 mil das vítimas após o crime. Seis criminosos armados com revólveres e facas invadiram o sobrado onde o casal mora e trabalha com costura na Vila Bela durante a madrugada desta sexta. No local moram mais famílias. Cinco dos bandidos usavam máscaras para não serem identificados. O bando rendeu o tio da vítima que chegava com o carro na garagem, por volta da 0h30.
Dois assaltantes carregavam armas e quatro estavam com facas. Alguns criminosos ficaram com o tio no andar térreo do imóvel e os outros subiram para o andar superior da casa, onde renderam os pais de Brayan. De acordo com as vítimas, os bandidos eram brasileiros.
Os pais contaram ter dado R$ 3,5 mil aos assaltantes, mas eles exigiam mais. Em seguida, o tio entregou R$ 1 mil aos bandidos, que não se deram por satisfeitos e passaram a ameaçar matar Brayan com uma faca caso não recebessem mais dinheiro. Veronica relatou que ainda abriu a carteira vazia e mostrou aos bandidos. "Não tinha mais nada", disse ela, que está há seis meses no Brasil, depois de vir com o marido e filho da Bolívia.
A costureira disse ainda que segurou o menino no colo durante o assalto, se ajoelhou e implorou que os criminosos não matessem a criança. Porém, assustado com a situação, o garoto chorava muito, o que irritou os bandidos. Ela relatou que o criminoso gritava para o menino "parar de chorar" e não chamar a atenção dos vizinhos. Irritado com o choro da criança, um dos criminosos atirou na cabeça do menino, que completaria 6 anos de idade no próximo dia 6 de julho.
"Em seguida, sem nada dizer, friamente o ladrão apontou para a cabeça da criança e disparou contra sua cabeça", informa o resumo do boletim de ocorrência registrado como latrocínio no 49º Distrito Policial, em São Mateus.


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